segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

05:55

Tudo está tão calmo, quieto e até bastante lento. Passaram-se as ânsias, as turbulências, violências e os estados de demência. Que perdure a paz, que o coração permaneça nessa serenidade plena. Já não quero mais o que me envenena, muito menos preocupações desnecessárias, perdas de tempo e super valorização do que não me enche nem a mão, quanto mais o coração. Viver um dia de cada vez... Pois é, acho que finalmente estou aprendendo o que isso significa ou ao menos o que deveria significar. E mesmo assim, em meio essa calmaria me sinto vazia, oca e cada dia mais fria, os anseios, loucuras e outros atos de luxúria sempre fizeram parte deste cotidiano turbulento do meu ser, tornando estranho o fato de eu poder aceitar a harmonia. Enfim, que bom seria, eu vivendo comedida e ao mesmo tempo perdida, seguindo assim e sendo bem vinda ao que antes era estranho em minha vida.

-- Letícia Saloum Salvador --

3 comentários:

  1. Adorei a forma que tu escreve essas palavras, não por elas em si, mas os sentimentos que tu deixa transparecer de uma forma tão simples e sincera que é impossível não se encantar através delas.

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  2. Suas palavras só me trazem inspiração!
    Você é poeta, tem um grande talento ;)

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  3. Esse texto é mesmo muito bom, quase parece transmitir essa calma estranha que vem descrita nele, que eu entendo como um estado raríssimo e incrivelmente passageiro. Encantador, como disse o Cabelo!

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