quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Faz algum tempo, talvez alguns anos, que só o que faço é pensar.
Não pensar por pensar e sim para entender. Entender os sentimentos, acontecimentos, esquecimentos e todos os demais tormentos.
Muitas horas são gastas com estes momentos e todos os dias vejo em mim reflexões nascendo.
Não é por nada, mas percebo que de nada adiantam esses pensamentos.Quanto mais eu os descubro e os desvendo, menos os assimilo e os compreendo.
Fazendo assim com que tudo pareça fácil, racional e ao mesmo tempo também difícil e irracional.
E assim me vejo entre clarões e apagões, entre agoniantes tormentos. Numa falta constante do meus próprio entendimento e o que mais me incomoda é saber e não saber, tudo assim e ao mesmo tempo.

-- Letícia Saloum Salvador [27.12.2010] --


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Não sei o que é mais irritante, se é saber e não querer saber ou se é não saber e muito isso querer. Cansei de ficar discutindo isso comigo e cansei de tentar ter um conclusão. Ainda assim penso que o mais irritante é querer e não poder ter, ou pior é querer ter e não saber o porque.

Minha vida se resume em bobagens e as bobagens que escuto não me atingem, nem tão pouco me corrigem. Não sei o porque de aqui escrever e sei menos ainda porque isso fazer. Sei lá, vai entender...

E a minha vida é a segue assim, eu revoltada, transtornada, por vezes acabada, sem motivo algum pra escrever e ainda assim querendo sobreviver...

-- Letícia Saloum Salvador [28.10.2010] --

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Deveria ser molhado, encharcado, escorrido e depois dominado.
Mas é seco, ardido,entalado e doído. É um choro constipado, fechado, internamente escondido, chega a ser indefinido.
Quer sair e se mostrar, mas só o que consegue é por ele mesmo chorar e minha face secar. Sinto-me amargamente sentimental, mas há mais amargura que sentimento nessa seca de lágrimas de minha própria frescura. Além do que posso, além do que queria, além do que deveria, é uma vontade imensa e totalmente vazia. Espero que num breve dia saiam essas lágrimas todas em euforia.

-- Letícia Saloum Salvador [09.06.2010] --

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ando desorientada, cansada, desacreditada, decepcionada, e por vezes até calada, mas assim mesmo insisto e continuo a falar.
Peco, pois falo além do que posso ou devo, não tenho medidas em minhas palavras e após te-las molhado com vinho ou cerveja, vejo que algo desagradável despejo sobre a mesa.
Falo e penso demais, não que eu fale o que penso ou que eu penso no que falo, meus pensamentos e palavras independem um do outro, eles simplesmente escorrem. Mentiria se dissesse que eles nunca trabalham em conjunto, é comum, é preciso para se ter algum assunto.



-- Letícia Saloum Salvador [19.05.2010] --

terça-feira, 20 de abril de 2010

Dizem que tudo passa, mas sentimentos persistem, relutam, brigam e não querem meu coração deixar. Realmente, muita coisa passou e nossa vida já mudou, mas o que faço eu com isso, que parece não mais querer me abandonar.
Deveria talvez tentar deixar passar? Passar para onde? Para quem?
Nem mesmo resposta para isso eu sei, provavelmente comigo todos estes sentimentos levarei e querendo ou não um dia enfim esquecerei.

-- Letícia Saloum Salvador [13.04.2010] --

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Queria eu me apegar somente aos momentos felizes ocorridos ao longo de meus dias, pois são eles tão raros que parecem meras fantasias ou mesmo simples ilusões. Busco a felicidade sempre de uma forma desesperada ficando tão ansiada que ao encontra-la assusto-me e não sabendo como toca-la disparo sem mais querer encara-la. É...a tal felicidade não me é duradoura, pois minha vida de uma hora para outra estoura e me vejo mais uma vez em meio a bolha que esconde a opção. Opção essa que é viver, é querer, é sorrir, é sentir, é um tudo, é um nada, é o não querer ter como preocupação uma bomba prestes a explodir em minhas mãos. Não!! Chega!! Hoje não!! Escrever já não é mais minha função.

--Letícia Saloum Salvador --

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

05:55

Tudo está tão calmo, quieto e até bastante lento. Passaram-se as ânsias, as turbulências, violências e os estados de demência. Que perdure a paz, que o coração permaneça nessa serenidade plena. Já não quero mais o que me envenena, muito menos preocupações desnecessárias, perdas de tempo e super valorização do que não me enche nem a mão, quanto mais o coração. Viver um dia de cada vez... Pois é, acho que finalmente estou aprendendo o que isso significa ou ao menos o que deveria significar. E mesmo assim, em meio essa calmaria me sinto vazia, oca e cada dia mais fria, os anseios, loucuras e outros atos de luxúria sempre fizeram parte deste cotidiano turbulento do meu ser, tornando estranho o fato de eu poder aceitar a harmonia. Enfim, que bom seria, eu vivendo comedida e ao mesmo tempo perdida, seguindo assim e sendo bem vinda ao que antes era estranho em minha vida.

-- Letícia Saloum Salvador --